Como o capítulo 2- Terrorismo Poético já foi publicado, colocamos cá o linque direto, http://insurretosfuriososdesgovernados.blogspot.com/2009/01/exemplos-te-terrorismos-poticos-por.html
e na seqüência o que seria o capítulo de amanhã:
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O AMOUR FOU (capítulo 3)
NÃO É uma Democracia Social, não é um Parlamento de Dois. As atas de suas reuniões secretas lidam com significados enormíssimos mas muito precisos para a prosa. Não isso, não aquilo: seu Livro de Emblemas treme em tua mão.
Naturalmente ele caga em mestres-escola & na polícia, mas do mesmo modo zomba de liberacionistas & ideólogos: não é uma sala limpa e bem iluminada. Um charlatão topológico dispôs seus corredores & parques abandonados, seu intrincado mosaico de negro brilhante & vermelho maníaco e membranoso.
Cada um de nós tem a metade do mapa: como dois potentados renascentistas nós definimos uma nova cultura com nossa anatematizada mescla de corpos, mistura de líquidos — as costuras Imaginárias de nossa Cidade-Estado borra-se em nosso suor.
O anarquismo ontológico nunca voltou de sua primeira pescaria. Enquanto ninguém delatar para o FBI, o CAOS não está nem aí para o futuro da civilização. O Amour fou nasce apenas por acidente — seu objetivo primário é a ingestão da galáxia. Uma tramóia da transmutação. Sua única preocupação com a Família reside na possibilidade de incesto ("Crie os seus!" "Cada humano, um Faraó!") — Ó mais sincero dos leitores, minha semelhança, meu irmão/irmã! — & na masturbação de uma criança ele encontra escondida (como em um intrincado brinquedo oriental) a imagem da desagregação do Estado.
As palavras pertencem àqueles que as usam apenas até que outro alguém roube-as de volta. Os Surrealistas se desgraçaram por vender amour fou à máquina-fantasma da Abstração — em sua inconsciência, buscaram apenas o poder sobre os outros, & nisto seguiram de Sade (que queria "liberdade" apenas para brancos crescidos, para que pudessem eviscerar mulheres e crianças).
O Amour fou está saturado com sua própria estética, enche-se até as próprias fronteiras com as trajetórias dos próprios gestos, funciona com relógios angelicais, não é um destino próprio para comissários & lojistas. Seu ego evapora-se na mutabilidade do desejo, seu espírito comunal definha-se no egoísmo da obsessão.
O Amour fou envolve uma sexualidade incomum, da mesma forma que a feitiçaria exige uma consciência incomum. O mundo pós-Protestante anglo-saxão canaliza toda sua sexualidade suprimida na publicidade & divide-se em bandos que se chocam: histéricos pudicos versus clones promíscuos & antigos-ex-solteiros. AF não quer unir-se a nenhum dos exércitos, não toma partido na Guerra dos Sexos, entedia-se com oportunidades iguais de trabalho (na verdade ele recusa-se a trabalhar para viver), não reclama, não explica, nunca vota & nunca paga impostos.
AF gostaria de ver cada bastardo ("criança do amor") vir a termo e nascer — AF prospera em engenhos anti-entrópicos — AF adora ser molestado por crianças — AF é melhor que orações, melhor que sensimília3 — AF leva sua própria lua & suas palmeiras por onde quer que vá. AF admira o tropicalismo, a sabotagem, o break dance, Layla & Majnun4, os odores de pólvora e esperma.
O AF é sempre ilegal, quer esteja disfarçado como um casamento ou como uma tropa escoteira — sempre embriagado, seja no vinho de suas próprias secreções ou na fumaça de suas próprias virtudes polimórficas. Não é um tresloucamento dos sentidos, mas sim sua apoteose — não é o resultado da liberdade, mas sim sua pré-condição. Lux et voluptas
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e na seqüência o que seria o capítulo de amanhã:
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O AMOUR FOU (capítulo 3)
NÃO É uma Democracia Social, não é um Parlamento de Dois. As atas de suas reuniões secretas lidam com significados enormíssimos mas muito precisos para a prosa. Não isso, não aquilo: seu Livro de Emblemas treme em tua mão.
Naturalmente ele caga em mestres-escola & na polícia, mas do mesmo modo zomba de liberacionistas & ideólogos: não é uma sala limpa e bem iluminada. Um charlatão topológico dispôs seus corredores & parques abandonados, seu intrincado mosaico de negro brilhante & vermelho maníaco e membranoso.
Cada um de nós tem a metade do mapa: como dois potentados renascentistas nós definimos uma nova cultura com nossa anatematizada mescla de corpos, mistura de líquidos — as costuras Imaginárias de nossa Cidade-Estado borra-se em nosso suor.
O anarquismo ontológico nunca voltou de sua primeira pescaria. Enquanto ninguém delatar para o FBI, o CAOS não está nem aí para o futuro da civilização. O Amour fou nasce apenas por acidente — seu objetivo primário é a ingestão da galáxia. Uma tramóia da transmutação. Sua única preocupação com a Família reside na possibilidade de incesto ("Crie os seus!" "Cada humano, um Faraó!") — Ó mais sincero dos leitores, minha semelhança, meu irmão/irmã! — & na masturbação de uma criança ele encontra escondida (como em um intrincado brinquedo oriental) a imagem da desagregação do Estado.
As palavras pertencem àqueles que as usam apenas até que outro alguém roube-as de volta. Os Surrealistas se desgraçaram por vender amour fou à máquina-fantasma da Abstração — em sua inconsciência, buscaram apenas o poder sobre os outros, & nisto seguiram de Sade (que queria "liberdade" apenas para brancos crescidos, para que pudessem eviscerar mulheres e crianças).
O Amour fou está saturado com sua própria estética, enche-se até as próprias fronteiras com as trajetórias dos próprios gestos, funciona com relógios angelicais, não é um destino próprio para comissários & lojistas. Seu ego evapora-se na mutabilidade do desejo, seu espírito comunal definha-se no egoísmo da obsessão.
O Amour fou envolve uma sexualidade incomum, da mesma forma que a feitiçaria exige uma consciência incomum. O mundo pós-Protestante anglo-saxão canaliza toda sua sexualidade suprimida na publicidade & divide-se em bandos que se chocam: histéricos pudicos versus clones promíscuos & antigos-ex-solteiros. AF não quer unir-se a nenhum dos exércitos, não toma partido na Guerra dos Sexos, entedia-se com oportunidades iguais de trabalho (na verdade ele recusa-se a trabalhar para viver), não reclama, não explica, nunca vota & nunca paga impostos.
AF gostaria de ver cada bastardo ("criança do amor") vir a termo e nascer — AF prospera em engenhos anti-entrópicos — AF adora ser molestado por crianças — AF é melhor que orações, melhor que sensimília3 — AF leva sua própria lua & suas palmeiras por onde quer que vá. AF admira o tropicalismo, a sabotagem, o break dance, Layla & Majnun4, os odores de pólvora e esperma.
O AF é sempre ilegal, quer esteja disfarçado como um casamento ou como uma tropa escoteira — sempre embriagado, seja no vinho de suas próprias secreções ou na fumaça de suas próprias virtudes polimórficas. Não é um tresloucamento dos sentidos, mas sim sua apoteose — não é o resultado da liberdade, mas sim sua pré-condição. Lux et voluptas
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